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Quanto a mim, o amor passou
Eu só te peço que não faças como gente vulgar
E não me voltes a cara quando passo por ti
Nem tenhas de mim uma recordação em que entre o rancor.
Fiquemos um perante o outro
Como dois conhecidos desde a infância
Que se amaram um pouco quando meninos,
E, embora na vida adulta sigam outras afeições,
Conservam, no caminho da alma,
A memória do seu amor antigo e inútil...
Fernando Pessoa
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