10 janeiro, 2006


... Não sou certinha, não sou calma, não penso uma só coisa, o sangue me corre quente, sou da briga e quero brincar, dou risada alto, falo baixo, tenho explosões de alegria e fico muito muito triste. Mas não me faço de coitadinha e não choro à toa ou por falta de coragem. (...)
Já que não mata quero despencar em vertigem dolorosa até ao fundo do poço, e quero subir gargalhando até a alegria suprema, e quero me largar nesse amor, entregue feito uma canoa no mar, e quero e quero e quero mais. (...) E, cá pra nós, quando o mundo fica bobo, não é nada mal se entregar assim...
Entre ossos e escrita
Maitê Proença

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