27 novembro, 2005
Epitáfio
Devia ter amado mais, ter chorado mais,
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais, e até errado mais,
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado as pessoas como elas são,
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração...
O acaso vai-me proteger
Enquanto eu andar distraído!
O acaso vai-me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos,
Ter visto o sol se pôr...
Devia ter-me importado menos com problemas pequenos,
Ter morrido de amor!
Queria ter aceitado a vida como ela é,
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier!
O acaso vai-me protegar
Enquanto eu andar distraído!
O acaso vai-me proteger,
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos,
Trabalhado menos...
Titãs
23 novembro, 2005
19 novembro, 2005
A terra prometida
Poder dormir
Poder morar
Poder sair
Poder chegar
Poder viver
Bem devagar
E depois de partir poder voltar
E dizer: este aqui é o meu lugar
E poder assistir ao entardecer
E saber que vai ver o sol raiar
E ter amor e dar amor
E receber amor até não poder mais
E sem querer nenhum poder
Poder viver feliz p'ra se morrer em paz.
14 novembro, 2005
12 novembro, 2005
SILÊNCIO QUASE MUDO
Há o silêncio, às vezes, entre nós,
e é um silêncio denso, ou uma fala
críptica, uma linguagem que abdica
do som, para ser só a voz da alma...
Há súbitas catarses de palavras
em torrente, cachoeiras de espuma
efervescente, ou talvez a timidez
dos gestos reprimidos ou represos.
Há os olhos que dizem sem dizer,
há o fluido subtil de quem se entende
mais longe do que a vida nos permite.
E há a confiança na ausência,
há segredos sabidos sem saber,
manhãs comuns em cada amanhecer.
Rui Polónio Sampaio
07 novembro, 2005
Não decidi...
Não decidi o que sentir quando
te encontrar por acaso numa qualquer rua interior
fingindo admiração por me veres produzir
a minha melhor lágrima.
O teu baton no meu rosto
foi efémera medalha e
nós nunca nos tivemos
(nunca nos pertencemos)
a melhor parte das vezes
fomos quase sempre de outros.
Não te bastou o meu riso.
Não te chegou perceber que
teria sido feliz.
Tiveste que a ver cair.
Precisaste de te molhar
na minha melhor lágrima.
José Luis Barreto Guimarães
te encontrar por acaso numa qualquer rua interior
fingindo admiração por me veres produzir
a minha melhor lágrima.
O teu baton no meu rosto
foi efémera medalha e
nós nunca nos tivemos
(nunca nos pertencemos)
a melhor parte das vezes
fomos quase sempre de outros.
Não te bastou o meu riso.
Não te chegou perceber que
teria sido feliz.
Tiveste que a ver cair.
Precisaste de te molhar
na minha melhor lágrima.
José Luis Barreto Guimarães
05 novembro, 2005
04 novembro, 2005
Um grande livro e um grande filme!
Baseado num best-seller de John Le Carré, "O Fiel Jardineiro" é um poderoso e comovente thriller sobre o amor e a busca da verdade.
Um filme do galardoado realizador Fernando Meirelles ("Cidade de Deus").
03 novembro, 2005
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